Ao consumir palmito, você pode estar contribuindo para a extinção da espécie, sem saber…
Morando nas cidades, a maior parte das pessoas desconhece esta cadeia predatória e, muito menos, que pode fazer parte dela, contribuindo, involuntariamente, para a extinção de espécies de nossa flora e fauna. Mas como fazer para sair deste ciclo?
Compre somente produtos industrializados com registro no Ibama e no Ministério da Saúde.
O registro nestes órgãos, assim como o tipo de palmito (juçara, açaí, pupunha ou palmeira-real), deve estar indicado no rótulo.
Infelizmente, algumas vezes o palmito juçara extraído de forma ilegal é levado para indústrias registradas, sendo misturado ao palmito proveniente de plantios. Nestes casos, é difícil o consumidor evitar participar do ciclo predatório. Uma alternativa é ficar atento aos noticiários e evitar as marcas que apresentarem irregularidades junto aos órgãos ambientais, de saúde, ou de fiscalização do trabalho, pois a extração ilegal pode estar associada ao trabalho escravo.
Não compre palmito nativo (juçara) fresco se não tiver certeza que foi retirado de plantios legalizados.
Em estradas menores, com menor movimento e pouca fiscalização, o consumidor pode encontrar pessoas vendendo palmito in natura (fresco) ou em conserva em vidros sem rótulo. É possível que um pequeno produtor rural tenha um plantio legalizado de palmito nativo e comercialize o produto localmente. Neste caso, o consumidor pode pedir que o vendedor apresente cópia da autorização do órgão ambiental, pois todo plantio legalizado, assim como o corte, deve ser autorizado. O consumo do palmito em conserva sem registro, além do dano ambiental, apresenta um risco muito sério à saúde. A manipulação sem a devida higiene leva à contaminação do produto e a graves intoxicações alimentares, como o botulismo, podendo levar à morte.
Palmitos de pupunha e de palmeira real também podem ser encontrados à venda nas estradas. São espécies cultivadas que não necessitam de autorização ambiental para corte, porém, o consumidor deve ter os mesmos cuidados com relação à saúde.
Como evitar o consumo de produtos que contenham palmito ilegal?
O palmito é um delicioso recheio para pastéis, pizzas, empadinhas, empadões, tortas e outros produtos que consumimos em diversos locais. Dependendo da região e da proximidade de áreas de floresta, mesmo nas cidades, os comerciantes podem adquirir o palmito juçara de fornecedores não registrados nos órgãos ambientais e de saúde: ou seja, fornecedores ilegais. Os órgãos de fiscalização atuam também nestes estabelecimentos, porém, como a quantidade é muito grande, é difícil verificar todos eles. Os consumidores, mais uma vez, têm uma grande chance de auxiliar na redução da extração ilegal de palmito. Ao questionar o chef, o dono ou gerente do estabelecimento, sobre a origem do palmito que é usado para o preparo das receitas, e recusar o palmito cuja origem não for comprovadamente legal, o consumidor mostra que está consciente de seu papel na cadeia produtiva do palmito, se preocupa com o meio ambiente e não apoia a extração ilegal.
Denuncie…
… a comercialização de palmito nativo sem registro nas estradas, mercados, quitandas e outros pontos de venda; ou bares e restaurantes que utilizam palmito ilegal. A denúncia pode ser feita aos órgãos ambientais, de forma anônima e gratuita: no Paraná, o Batalhão Ambiental recebe denúncias pelos telefones:
(41) 3420-9400 – Paranaguá;
(41) 3443-6858 – Guaratuba;
(41) 3432-7035 – Antonina;
O Ibama disponibiliza a Linha Verde: 0800-618080 e a ouvidoria do ICMBio recebe denúncias que envolvem Unidades de Conservação federais pela internet no endereço http://www.icmbio.gov.br/servicos/atendimento-ao-cidadao/ouvidoria;
Na dúvida, substitua…
… o palmito nativo sem origem legal comprovada, pelo palmito de pupunha ou palmeira real.
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